O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem terça-feira,
8, em Assunção, que programas sociais contra a pobreza devem vir antes
de investimentos em infraestrutura. Ele foi convidado para palestrar no
aniversário de 10 anos do programa Tekoporã, que distribui subsídios a
600 mil paraguaios por meio de um cartão, a exemplo do Bolsa Família.
Diante do presidente paraguaio, Horacio Cartes, pediu que encare a fome
como questão central de seu mandato. Lula citou as circunstâncias em que
assumiu em 2003.
“É verdade que eu poderia fazer uma ponte, uma estrada, mas entre
cuidar de 54 milhões de pessoas que estão passando fome e fazer uma
estrada, a estrada pode esperar que essas pessoas comam, fiquem fortes e
ajudem a construí-la”, afirmou, em português misturado a algumas
palavras em espanhol. “Se fizesse a estrada, essas pessoas morreriam de
fome antes de vê-la terminada. É muito difícil encontrar alguém no setor
de Fazenda ou Tesouro que esteja disposto a dar essa contribuição aos
que estão abaixo. Não é uma política de esmola, de compensação, é um
direito”, acrescentou, em trecho do discurso reproduzido pelo jornal ABC
Color. Lula afirmou que os pobres ajudaram a salvar o Brasil. “Antes de
eu chegar à presidência, eram tratados como se fossem problemas. E hoje
eu digo que cuidar bem dos pobre é a solução para acabar com a miséria
na nossa América do Sul.”
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