Dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, revelam que mais de dois
milhões de brasileiros são autistas. O Transtorno do Espectro Autista
(TEA) é uma alteração do neurodesenvolvimento que tem em sua
característica dificuldades na comunicação social e comportamentos
repetitivos.
“Essa síndrome é desencadeada por alterações genéticas integradas a
fatores do ambiente (como uso de determinados medicamentos ou processos
inflamatórios crônicos), durante gestação, que afetam a comunicação, a
sociabilização e o comportamento”, explica Dra. Saada Ellovitch,
neuropediatra do Hospital Samaritano de São Paulo.
Diferentemente da deficiência intelectual, como a sociedade ainda
costuma definir, o autismo – com índice de quatro meninos, para uma
menina -, é uma doença genética que afeta as funções das redes
neuronais.
Entre os sintomas mais comuns do autismo estão: atraso na fala, não
responder ao próprio nome – por vezes parecendo surda -, na escola,
preferir os brinquedos aos coleguinhas e não gostar de contatos físicos,
como abraços.
Apresentam interesses restritos, sendo monotemáticos: muitos adoram
dinossauros e sabem absolutamente tudo, além de só falar sobre isso.
Quando pequenos, gostam de objetos que giram – por exemplo, ventiladores
e rodinhas de carrinhos. Em vez de brincar com o carrinho de forma
adequada, apenas empurram de um lado para outro ou viram de ponta cabeça
e ficam girando as rodinhas.
“É bom que os pais saibam que o autismo não é degenerativo, embora,
em cerca de 1/3 dos casos, os pais observem um quadro no qual a criança
‘regride’, deixando de fazer coisas que já conseguia realizar,
geralmente entre o primeiro e o terceiro ano de vida. Com estímulos
precoces e adequados, a tendência é que se consiga progredir, atingindo
melhor qualidade de vida para si e para sua família, além de maior grau
de autonomia e convivência social”, completa a especialista.
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