O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) aumentou 1% em
outubro na comparação com setembro, revertendo parcialmente a queda de
2,6% do mês anterior. Mesmo assim, o indicador continua 13,1% menor que o
registrado em outubro do ano passado e 11,4% inferior à média
histórica, que é de 109,9 pontos. Isso mostra que os brasileiros estão
menos pessimistas, informa a pesquisa divulgada nesta quinta-feira (29),
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Parte do aumento do INEC é resultado da melhora das perspectivas em
relação à inflação e ao desemprego. Em outubro, o índice de expectativa
de inflação aumentou 1,1% e o de expectativa de desemprego subiu 5,8% na
comparação com setembro. De acordo com a metodologia da pesquisa,
quanto maior o índice, maior é o número de pessoas que apostam na queda
dos preços e do desemprego nos próximos meses.
Além disso, motivados pela proximidade das festas de fim de ano, os
brasileiros estão dispostos a aumentar as compras de bens de maior
valor. O indicador de expectativas em relação às compras subiu 3% na
comparação com setembro.
Contudo, os consumidores estão mais preocupados com as suas finanças.
O indicador de expectativas em relação à renda pessoal caiu 1,3%.
Quanto menor o indicador, maior é o número de pessoas que espera a queda
na renda. Além disso, o índice de endividamento recuou 1,3% e o de
situação financeira teve queda de 1,9% frente a setembro. A queda nos
índices indica aumento do endividamento e piora das condições
financeiras. De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, a queda
desses indicadores foi motivada pela crise econômica.
Feito em parceria com o Ibope, o INEC deste mês ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios entre os dias 16 e 21 de outubro.
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