A taxa de mortalidade por tuberculose
caiu 42% na comparação com os índices de 1990. Esse é o principal
resultado de um levantamento divulgado nessa quinta-feira (29) pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda assim, 1,5 milhão de pessoas
morreram pela doença no ano passado, 890 mil homens, 480 mil mulheres e
140 mil crianças, sendo que 400 mil eram HIV-positivos.
Ao lado da aids, a tuberculose é uma das
principais causas de mortes no mundo. As mortes por HIV em 2014 estão
estimadas em 1,2 milhão, que inclui as 400 mil também por tuberculose. A
OMS calcula que 9,6 milhões de pessoas tiveram a doença no ano passado,
sendo que 12% desses novos casos foram registrados em pacientes com
HIV.
Por dia, 4,4 mil pessoas morrem de
tuberculose, o que para a OMS é “inaceitável”, uma vez que é possível
diagnosticar e curar os pacientes. De acordo com o relatório, para
reduzir a incidência da doença é necessário corrigir as deficiências na
detecção e tratamento, melhorar o financiamento e investir em pesquisas
para desenvolver novos diagnósticos, medicamentos e vacinas.
Mais da metade dos casos ocorrem em
cinco países: China, Índia, Indonésia, Nigéria e no Paquistão. Entre os
novos casos, 3,3% dos pacientes têm resistência aos medicamentos para
curar a tuberculose.
Entre os avanços, 43 países reportaram a
cura em mais de 75% dos pacientes. A OMS registra melhorias no
tratamento, com 77% das pessoas com tuberculose e HIV recebendo
antirretrovirais. E entre os pacientes com HIV, 1 milhão recebem terapia
preventiva contra a tuberculose, um aumento de 60% na comparação com
2013.
Muitos desses avanços foram alcançados a
partir do ano 2000, quando foram implementados os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A incidência mundial da tuberculose teve
queda de 1,5% por ano desde 2000, e 18% no total.
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