As autoridades egípcias encontraram a
caixa-preta do avião russo que caiu hoje (31) na Península do Sinai,
matando as 224 pessoas que estavam a bordo, anunciou em comunicado o
gabinete do primeiro-ministro Sherif Ismail. A caixa-preta será agora
analisada por especialistas. Segundo o comunicado, o Exército está
ajudando na “transferência de 129 corpos” para funerárias e hospitais do
Cairo.
O avião da companhia russa MetroJet (Kogalimavia) tinha como destino
São Petersburgo e caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da
província do Norte Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm
el-Sheik, com 224 pessoas a bordo.
Uma ala que se diz ligada ao Estado Islâmico no Egito reivindicou no
Twitte o abate do avião russo. Entretanto, o ministro dos Transportes
russo, Maxim Sokolov, disse serem falsas as informações de que o avião
russo tenha sido alvo de atentado terrorista.
Especialistas militares ouvidos pela
agência de notícias France-Presse (AFP) disseram que os rebeldes do
Estado Islâmico, cuja base fica no norte da Península do Sinai, não
dispõem de mísseis capazes de atingir um avião a 30 mil pés, mas não
excluem a possibilidade de uma bomba a bordo, ou de a aeronave ter sido
atingida por um foguete ou míssil quando descia após uma sequência de
falhas técnicas.
O contato com a aeronave foi perdido 23 minutos depois da decolagem
do Aeroporto de Sharm el-Sheikh, na fronteira com o Mar Vermelho. O
avião estava a uma altitude de mais de 30 mil pés (9,144 metros), quando
o comandante se queixou de uma falha técnica do equipamento de
comunicação a um funcionário da autoridade de controle do espaço aéreo
egípcio.
A Embaixada da Rússia no Cairo informou que todas as 224 pessoas que
estavam a bordo, na maioria russos e alguns ucranianos, morreram na
queda do avião.
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