Apesar do anúncio de que as eleições em
2016 deverão ser feitas com voto manual, o Tribunal Superior Eleitoral
não cancelou os editais de convocação para testar a segurança da urna
eletrônica. Os testes estão previstos para março. Para especialistas
ouvidos pela reportagem, o anúncio do TSE soa muito mais como alerta,
sendo improvável o Brasil dar um passo atrás.
“Acho que isso foi mais um recado pela
atual conjuntura que se vive. Esse retrocesso não tem só efeitos
internos, mas internacionais, diante do avanço que a Justiça Eleitoral
já teve. Retroceder seria um estrago”, comentou o advogado Erick
Pereira.
Membro da comissão de segurança da urna
eletrônica, formada por membros do Judiciário e OAB, ele comentou ainda
que os testes de inviolabilidade da urna estão mantidos. “Eles
acontecerão em março do próximo ano”, revelou, analisando ainda os
prejuízos internos.
“Houve um tempo para o eleitor aprender a
votar na urna eletrônica. Como usar a urna de papel de novo? O tempo de
apuração, que é o grande marco de nossa eleição, seria comprometido,
voltando a quatro dias para o resultado. Isso seria um grande erro”,
analisou.
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