Em meio ao crescente surto de microcefalia no RN, que registra até o
momento 89 casos notificados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap),
muito tem se falado sobre as causas e as formas de combate a doença. No
entanto, o acompanhamento à criança portadora da doença e o tratamento
adequado para o seu desenvolvimento também é uma questão que requer
atenção.
De acordo com a médica pediatra Ariane Figueiredo, além de ter a
cabeça menor do que o normal, uma criança com microcefalia apresenta um
quadro de retardo no desenvolvimento intelectual e motor.
Esse quadro de retardo pode causar alterações físicas como
dificuldades para andar, problemas na fala, hiperatividade e convulsões.
A especialista alerta que, diferentemente do que muita gente pensa,
uma criança com microcefalia pode ter uma vida normal, mesmo com essas
limitações.
Para isso, Ariana Figueiredo esclarece que é muito importante iniciar
o tratamento assim que a doença for identificada. “Não existe
tratamento clínico, mas é muito importante que a criança tenha
acompanhamento neurológico e de outros profissionais, como
fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais”, disse.
Esses profissionais são importantes para proporcionar os estímulos
necessários para o desenvolvimento da criança. Ela esclarece ainda o
acompanhamento pode variar de acordo com cada caso.
“Existem crianças que podem apresentar dificuldades com a fala,
outras que eventualmente poderão ter maiores dificuldades para caminhar.
Isso vai direcionar a forma como deverá ser conduzido o tratamento da
microcefalia”, explicou.
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