A Anvisa autorizou o uso da primeira
vacina contra a dengue, “Dengvaxia”, que já tinha recebido permissão no
México e nas Filipinas este mês, informou a companhia farmacêutica
francesa Sanofi Pasteur em comunicado nesta segunda-feira.
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária anunciou a autorização da primeira vacina regulada para a
prevenção da doença, causada pelos quatro tipos de vírus do dengue em
indivíduos com idades de entre nove a 45 anos que vivem em regiões
endêmicas. Este ano foram confirmados 1,4 milhão de casos no país.
Quase 70% foram em pessoas com mais de
nove anos de idade, “um segmento da população altamente móvel e
socialmente ativo, que contribui para a difusão da doença dentro das
comunidades”, destacou o fabricante da vacina.
O “Dengvaxia”, produzido pelos
laboratórios Sanofi Pasteur, com sede em Lyon, na França, reduziu em 66%
a contaminação pelos quatro tipos de dengue nos 40 mil participantes
dos estudos. Além disso, preveniu oito de cada dez hospitalizações
relacionadas com o vírus e quase 93% dos casos severos da doença, a
dengue hemorrágica.
Esta vacina é o resultado de mais de duas
décadas de parceria científica e de 25 estudos clínicos realizados em
15 países do mundo.
O Brasil participou da terceira fase das
pesquisas globais, que teve 30 mil voluntários em 10 países diferentes. O
teste foi encerrado com sucesso em 2014.
Em termos econômicos, a dengue custa ao
Brasil US$ 1,2 bilhão por ano, US$ 448 por indivíduo hospitalizado e US$
173 por pessoa atendida em um ambulatório, em média.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dengue infecta 400
milhões de pessoas por ano, e nos últimos 50 anos se expandiu por 128
países onde vivem quatro bilhões de pessoas.
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