O Brasil registrou, neste ano, a
incidência de um novo vírus transmitido pela picada do Aedes aegypti,
mesmo vetor da Dengue e do Chikungunya. O Zika vírus, antes restrito à
regiões da África, Sudeste Asiático e Oceania, agora é motivo de
preocupação para a população e as autoridades brasileiras,
principalmente, com a chegada do verão, estação do ano que traz as
condições ideais para a reprodução do mosquito.
O infectologista e consultor médico do Laboratório Sabin, Alexandre
Cunha, explica que os sinais das doenças são muito parecidos, o que pode
dificultar o diagnóstico. “As doenças podem apresentar lesões na pele,
dores musculares e articulares, dor de cabeça, febre alta e fadiga. Mas,
apesar das semelhanças, existem diferenças, com relação à intensidade e
à gravidade”, pondera.
Segundo o especialista, o paciente com Chikungunya pode apresentar
dores nas articulações mesmo após meses da infecção inicial. A Dengue,
por sua vez, pode evoluir para quadros mais graves caracterizados por
hemorragias, inclusive levar à morte, especialmente, em reinfectados e
idosos Já a febre Zika, considerada de menor mortalidade, manifesta-se
de forma mais branda, com exceção do quadro cutâneo e de conjuntivite
mais frequente.
Mas, o infectologista esclarece que todos esses vírus podem
desencadear sintomas neurológicos, como síndrome de Guillain-Barré e
encefalite. “O Zika, em especial, foi recentemente identificado como
agente causador de microcefalia, uma malformação cerebral no feto, o que
representa risco adicional às gestantes”, pontua. A recomendação do
médico é que as grávidas tomem medidas protetoras, como uso de
mosquiteiros, roupas longas e repelentes
Até o momento, não há vacina aprovada no País para nenhuma dessa
doenças. A única forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito
Aedes aegypti
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