segunda-feira, dezembro 21, 2015

Chegada do verão aumenta alerta para o combate ao Aedes aegypti.

O Brasil registrou, neste ano, a incidência de um novo vírus transmitido pela picada do Aedes aegypti, mesmo vetor da Dengue e do Chikungunya. O Zika vírus, antes restrito à regiões da África, Sudeste Asiático e Oceania, agora é motivo de preocupação para a população e as autoridades brasileiras, principalmente, com a chegada do verão, estação do ano que traz as condições ideais para a reprodução do mosquito.

O infectologista e consultor médico do Laboratório Sabin, Alexandre Cunha, explica que os sinais das doenças são muito parecidos, o que pode dificultar o diagnóstico. “As doenças podem apresentar lesões na pele, dores musculares e articulares, dor de cabeça, febre alta e fadiga. Mas, apesar das semelhanças, existem diferenças, com relação à intensidade e à gravidade”, pondera.

Segundo o especialista, o paciente com Chikungunya pode apresentar dores nas articulações mesmo após meses da infecção inicial. A Dengue, por sua vez, pode evoluir para quadros mais graves caracterizados por hemorragias, inclusive levar à morte, especialmente, em reinfectados e idosos Já a febre Zika, considerada de menor mortalidade, manifesta-se de forma mais branda, com exceção do quadro cutâneo e de conjuntivite mais frequente.

Mas, o infectologista esclarece que todos esses vírus podem desencadear sintomas neurológicos, como síndrome de Guillain-Barré e encefalite. “O Zika, em especial, foi recentemente identificado como agente causador de microcefalia, uma malformação cerebral no feto, o que representa risco adicional às gestantes”, pontua. A recomendação do médico é que as grávidas tomem medidas protetoras, como uso de mosquiteiros, roupas longas e repelentes

Até o momento, não há vacina aprovada no País para nenhuma dessa doenças. A única forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti

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