As boas notícias para os condutores de
ciclomotores, as populares cinquentinhas, continuam. Depois da enxurrada
de exigências para o emplacamento e da redução do valor do DPVAT, a boa
agora é que está suspensa, novamente, a exigência de habilitação para
quem conduz os veículos com até 50 cilindradas. Isso porque o Conselho
Nacional de Trânsito (Contran), legislador máximo em trânsito no País,
promoveu alterações no processo de retirada da ACC (Autorização para
Conduzir Condutores), dando até 29 de fevereiro de 2016 para que o
documento seja retirado. E um prazo de 180 dias, para que os Centros de
Formação de Condutores (CFCs) e Detrans se estruturem adquirindo
ciclomotores para que os candidatos possam se submeter ao exame.
Ou seja, quem estiver conduzindo uma
cinquentinha terá que ter apenas o veículo emplacado (ou com o trâmite
de emplacamento iniciado. Não será exigida a ACC ou a CNH (Carteira
Nacional de Habilitação) na categoria A, que voltou a ser cobrada por
alguns Detrans e que estava resultando em multas de R$ 574,62. Outra
novidade, ainda melhor para os donos de cinquentinhas, é que o Contran
também reduziu a carga horária prática e teórica para tirar a ACC. A
consequência é, além de um processo mais rápido, a redução do custo da
permissão, que até então tinha o mesmo valor de uma CNH na categoria A –
para motos. A expectativa é de que a ACC custe, em média, entre R$ 200 e
R$ 300, um valor bem mais barato do que o cobrado pela CNH – entre R$
500 e R$ 800.
As mudanças foram publicadas nesta
sexta-feira, no Diário Oficial da União. A Resolução 572 do Contran
altera o anexo 2 da Resolução 168 do Código de Trânsito Brasileiro
(CTB), de 2004, que rege as regras para o processo de habilitação dos
condutores. A resolução reduz a carga horária exigida para a autorização
de 45 horas/aula teóricas e 20 horas/aula práticas para apenas 20
horas/aula teóricas e 10 horas/aula práticas. E as provas têm uma
redução de 30 questões para 15, exigindo um percentual de acerto de 60%.
Na prática significa dizer que antes o candidato tinha que acertar 21
questões e, agora, são apenas 9. Até então, retirar uma ACC significava
seguir o mesmo processo de retirada de uma CNH na categoria A. Agora,
ela ganhou regras próprias.
Essa modificação vem atender aos anseios
dos usuários de ciclomotores. Era necessária a adequação dos
procedimentos para obtenção da ACC, já que o próprio Código de Trânsito
assim estabelecia. Com relação ao prazo definido, importante salientar
que ele é indispensável, pois trata de uma modificação em todo o
procedimento, então tanto os Detrans como as autoescolas terão que
implementar as modificações, e isso exige um prazo mínimo”, A
expectativa é de que o processo para retirar a ACC leve, no máximo, um
mês. O cumprimento das 20 horas/aulas do curso teórico deverá levar uma
semana, e do prático, com 10 horas/aulas, dois dias. Em tese, mesmo
considerando a marcação das provas teórica e prática, o usuário vai
gastar menos tempo para tirar uma ACC.
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