A escritora Lygia Fagundes Telles, de 92
anos, foi o nome escolhido pela União Brasileira de Escritores para
concorrer ao Prêmio Nobel de Literatura. Regularmente, a UBE é convidada
pela Real Academia Sueca para sugerir concorrentes – no ano passado,
ela indicou o historiador e cientista político Moniz Bandeira.
A escolha de Lygia, autora de Ciranda de
Pedra e As Meninas, entre tantos outros sucessos de crítica e de
público, foi unânime. “Lygia é a maior escritora brasileira viva e a
qualidade de sua produção literária é inquestionável”, disse Durval de
Noronha Goyos, presidente da UBE, em comunicado.
A autora tem obras traduzidas para o
alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco e checo.
Alguns de seus títulos foram adaptados para o cinema, teatro e
televisão.
No fim do ano, ela venceu o Prêmio
Fundação Conrado Wessel 2015 na categoria Cultura, e ganhou R$ 300 mil. A
cerimônia de entrega deve ocorrer ainda neste semestre. Em novembro,
ela foi homenageada durante o Encontro Mundial de Invenção Literária, em
sessão da Academia Paulista de Letras (ela é imortal, também, da
Academia Brasileira de Letras), e causou comoção ao dizer que sua luta
foi “heroica e desesperada”. Lygia Fagundes Telles fez história ao se
tornar uma das primeiras mulheres a estudar Direito no Largo São
Francisco.
Os mais recentes premiados com o Nobel
de Literatura foram Svetlana Alexievich (2015), Patrick Modiano (2014),
Alice Munro (2013), Mo Yan (2012), Tomas Tranströmer (2011) e Mario
Vargas Llosa (2010).
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