O ministro da Saúde, Marcelo Castro,
afirmou na manhã desta quarta-feira, 3, que a situação do zika vírus no
Brasil “está sob controle” e que, “apesar das dificuldades econômicas”
da administração federal, não faltará dinheiro para matar mosquitos e
pesquisar uma vacina. A declaração reverte o tom das últimas respostas
do governo sobre a epidemia. No dia 22, Castro causou controvérsia ao
afirmar que o País estava “perdendo feio” a batalha para o mosquito
Aedes aegypti. Uma semana depois, a presidente Dilma Rousseff afirmou
que se tratava de uma “constatação da realidade” e que a luta seria
perdida enquanto o inseto continuasse se reproduzindo.
Castro falou em Montevidéu, antes de uma
reunião emergencial com outros ministros da Saúde de países
latino-americanos. “A situação está sob controle. Estamos fazendo todas
as ações necessárias e indispensáveis, mas um esforço sempre maior é
necessário ser feito”, disse.
Segundo ele, há 4,7 mil casos suspeitos e
400 confirmações de microcefalia, casos de bebês que nasceram com
crânios menores que o normal e problemas neurológicos. O governo associa
esses casos ao vírus. “Há um compromisso do governo brasileiro, apesar
de estar passando por dificuldades econômicas, de não faltar recursos
para ações de combate a essa virose. Principalmente para vacinas, há um
compromisso público da presidente Dilma Rousseff de que não faltarão
recursos públicos para o combate a essa epidemia de microcefalia causada
pelo vírus zika”, acrescentou.
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