A recomendação do Ministério Público do
Rio Grande do Norte área que o Governo do Estado apresente um plano de
contenção de gastos, incluindo a possibilidade de demissão e até 15 mil
servidores foi duramente criticada por sindicatos do funcionalismo
estadual, que questionam o fato do órgão não propor sacrifícios de
servidores da sua esfera.
Segundo o presidente do Sindicato dos
Policiais Civis (Sinpol), Paulo César, o maior inchaço da folha se
concentra em privilégios concedidos a membros dos demais Poderes.
Segundo ele, a remuneração de um promotor público, incluindo seus
auxílios e vantagens equivalem a praticamente a remuneração de 10 a 15
agentes da polícia civil.
“Além do mais estamos com um déficit de
70% do quadro de pessoal que seria ideal. Só temos 190 delegados, quando
o ideal seria 350; 210 escrivães para uma realidade que seriam
necessários 800 e 1201 agentes quando precisaríamos de 4.000, então uma
recomendação com essa é totalmente fora da realidade”, explicou Paulo
César.
Ainda segundo o dirigente do Sinpol,
“antes do Ministério Público vir cobrar o Executivo, deveria dar o
exemplo cortando na própria carne”, afirmou.
Segundo Pedro Lopes, presidente do
Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindfern) e membro do Fórum de
Servidores Estaduais, a possibilidade de demissão de servidores ao invés
de solução, traria problemas econômicos e sociais.
“A maioria dos servidores já tem mais de
20 anos de carreira, além do problema social de demissão de 15 mil
servidores, traria problema de ordem econômica com a elevação do
desemprego de milhares de famílias, somos totalmente contrários”,
destacou ele apontando as soluções apresentadas na carta entregue ao
governador com a devolução de cerca de R$ 400 milhões repassados de
forma irregular aos demais Poderes.
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