O relatório Índice de Confiança na
Justiça (ICJBrasil), produzido pela Escola de Direito de São Paulo da
Fundação Getulio Vargas, divulgado nesta sexta-feira, 28, aponta que 76%
da população afirma ser ‘fácil desobedecer à lei no Brasil’. Os dados
indicam ainda que 81% dos entrevistados afirmam que sempre que possível
as pessoas escolhem dar um ‘jeitinho’ em vez de seguir as leis.
Já 59% dos entrevistados consideram haver poucas razões para uma
pessoa seguir a lei no Brasil. As respostas foram dadas no âmbito da
‘Percepção sobre a obediência às leis no Brasil’,
Foram consultadas 1650 pessoas residentes nas capitais e regiões
metropolitanas de sete Estados (Amazonas, Bahia, Minas Gerais,
Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo) e do Distrito
Federal durante o primeiro semestre de 2016.
A pesquisa da FGV questionou os entrevistados sobre a percepção de
honestidade de ‘alguns agentes da lei’. Os juízes são percebidos por
metade da população como honestos. O porcentual cai para 46% se o agente
for policial, e para 41%, no caso dos advogados.
O relatório aponta que 74% dos entrevistados consideram que as
pessoas devem seguir a lei, mesmo se discordarem delas; 75% responderam
que as pessoas têm a obrigação moral de pagar uma quantia estabelecida
pelo juiz, mesmo que discordem da decisão; para 72%, alguém que
desobedece à lei é mal visto pelas outras pessoas; 61% acreditam que
desobedecer à lei é raramente justificável; e 56% acreditam que uma
pessoa tenha que fazer algo que um policial pedir, mesmo se discordar
dele.
O ICJBrasil mensura a confiança da população no Judiciário por meio
de diversas perguntas, que compõem uma nota, que vai de 0 a 10. No
primeiro semestre de 2016, essa nota foi 4,9 pontos.
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