A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada pela Justiça do
Tocantins a pagar R$ 300 mil, em danos morais, por estupro de menor de
idade.
O estupro de vulnerável, segundo a Justiça, foi cometido em 2011 pelo
pastor auxiliar da Igreja Universal, localizada em Guaraí, interior do
Estado. Naquele ano, a adolescente tinha 13 anos. O pastor, 23. Na
sentença, o juiz Océlio Nobre da Silva afirma que o pastor auxiliar
valeu-se de posição que ocupava dentro da Igreja.
O estupro de vulnerável é um crime cometido contra meninas de até 14
anos ou adultas incapazes de consentir com o ato sexual, praticado por
familiar ou pessoa próxima. O pastor auxiliar foi processado e condenado
a 10 anos e 8 meses de prisão em processo criminal em 2014.
A condenação da Universal por danos morais se deu em ação de
indenização. Para o juiz, a Igreja Universal do Reino de Deus tem como
suportar a quantia de R$ 300 mil.
Na ação de danos morais, a Universal alegou que o pastor auxiliar era
um simples membro da entidade, sem qualquer função dentro da estrutura
hierárquica. A Igreja sustentou que o pastor auxiliar não falava em nome
da Igreja.
Para o juiz Océlio Nobre da Silva, a “Igreja Universal, através de
sua ilustrada defesa, falseou a verdade quanto à função e
representatividade” do pastor auxiliar.
“A vítima era uma criança, sem condição cultural ou psicológica de
distinguir a significação semântica entre pastor e auxiliar de pastor
para só ai decidir entregar-se, física e afetivamente a ele. Foi um
homem da igreja, que ocupava o cargo de dirigir o grupo de jovens,
trazido de Palmas para Guaraí para tanto, quem a seduziu, no ambiente
desta Igreja. O que importa é a forma como ele se apresentava perante a
comunidade de fiéis, seu prestígio dentro da Igreja, que propiciou o
ambiente para tornar a vítima presa e ele o algoz”, observou o
magistrado.
COM A PALAVRA, A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS
A Igreja Universal do Reino de Deus não concorda com o teor da
decisão do juiz, e recorrerá da sentença ao Tribunal de Justiça do
Estado do Tocantins.
Desde o ocorrido, a Universal não tem notícia do homem em questão.
UNIcom – Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal
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