segunda-feira, março 13, 2017

Niterói apura 3 casos suspeitos de doença de Creutzfeldt-Jakob, nega mortes e diz não ter evidência de relação com 'vaca louca'

Arquivos de áudio que circulam na internet têm espalhado boatos sobre supostos casos de "mal da vaca louca" em Niterói. Um deles chega a falar em sete mortes. As autoridades de saúde negam: segundo elas, o que há, na verdade, são três casos suspeitos da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Não houve notificações de mortes.

Doença neurodegenerativa sem cura, a DCJ tem uma variante conhecida como vDCJ, que é uma espécie de versão humana do "mal da vaca louca". No entanto, segundo as autoridades, não há, até o momento, qualquer evidência da relação dos casos de Niterói com o consumo de carne bovina, ou seja, não é correto dizer que são casos de "vaca louca" (veja mais detalhes abaixo).

De acordo com a prefeitura de Niterói, chegaram a ser notificados quatro casos suspeitos de DCJ na rede privada da cidade. Três deles apareceram em 2016 e um, em 2017. Mas um deles já foi descartado. Agora, a Fundação Municipal de Saúde de Niterói, em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio, investiga e monitora os três pacientes com suspeita. Técnicos têm entrevistado os doentes e seus familiares para rastrear possíveis causas para a doença. 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) repudiou os boatos e disse que não "realizou qualquer exame diagnóstico ou recebeu casos suspeitos do 'mal da vaca louca'". A entidade pede ainda que a população "busque informações de fontes seguras e confiáveis".

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