Os depoimentos de delatores da Odebrecht colhidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ação contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer ampliaram a gravidade do caso, na avaliação de ministros da corte consultados pela jornal "O Estado de S. Paulo". Nos bastidores, no entanto, a maioria do tribunal afirma que ainda é preciso considerar a estabilidade política do país no julgamento do processo que pede a cassação da chapa por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2014, quando a petista se reelegeu e o atual presidente era vice.
A reportagem conversou com cinco ministros do TSE --a corte é formada por sete titulares. O posicionamento desses julgadores, que se manifestaram sob a condição de que não fossem identificados, indica que a tendência hoje seria manter o mandato de Temer. A avaliação é expressa, porém, antes da apresentação do relatório de Herman Benjamin, sem data ainda para conclusão e cujo conteúdo está em elaboração. Os ministros já dão como certo o pedido de cassação.
Em conversas reservadas, os julgadores consultados consideram que o país já sofreu com o impeachment de Dilma, cassada em agosto do ano passado, e uma eventual deposição de Temer do Palácio do Planalto aprofundaria a crise política e causaria um cenário de incertezas. Há ministros que admitem também que a recuperação da economia pode criar um clima favorável no TSE para livrar o presidente de uma eventual condenação.
"Pode até ter pecado, mas a gente vai produzir um prejuízo maior?", questionou um membro do TSE, ao ressaltar a "consciência política coletiva" dos colegas. Outro ministro ouvido reservadamente afirmou que é necessário "cuidar do país".
Nos próximos dias, contudo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a "lista de Janot", com pedidos de abertura de inquéritos com base nas delações da Odebrecht, e outras revelações podem vir à tona.
Nos bastidores, os ministros especulam, com preocupação por causa da incerteza do momento, quais seriam os cenários caso Temer fosse cassado.
A reportagem conversou com cinco ministros do TSE --a corte é formada por sete titulares. O posicionamento desses julgadores, que se manifestaram sob a condição de que não fossem identificados, indica que a tendência hoje seria manter o mandato de Temer. A avaliação é expressa, porém, antes da apresentação do relatório de Herman Benjamin, sem data ainda para conclusão e cujo conteúdo está em elaboração. Os ministros já dão como certo o pedido de cassação.
Em conversas reservadas, os julgadores consultados consideram que o país já sofreu com o impeachment de Dilma, cassada em agosto do ano passado, e uma eventual deposição de Temer do Palácio do Planalto aprofundaria a crise política e causaria um cenário de incertezas. Há ministros que admitem também que a recuperação da economia pode criar um clima favorável no TSE para livrar o presidente de uma eventual condenação.
"Pode até ter pecado, mas a gente vai produzir um prejuízo maior?", questionou um membro do TSE, ao ressaltar a "consciência política coletiva" dos colegas. Outro ministro ouvido reservadamente afirmou que é necessário "cuidar do país".
Nos próximos dias, contudo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a "lista de Janot", com pedidos de abertura de inquéritos com base nas delações da Odebrecht, e outras revelações podem vir à tona.
Nos bastidores, os ministros especulam, com preocupação por causa da incerteza do momento, quais seriam os cenários caso Temer fosse cassado.
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