Fábio Carille repete a cada entrevista
coletiva que ainda precisa ajustar o ataque do Corinthians. E a atuação no
empate por 1 a 1 contra o Luverdense, na quarta-feira, em Itaquera, deixou isso
ainda mais nítido. É verdade que o adversário não possui grande qualidade
técnica, mas o Timão fez um bom jogo, que valeu a vaga na quarta fase da Copa do Brasil, e mostrou evolução em alguns pontos
exigidos pelo treinador. A dificuldade está em decidir as partidas.
Na lição 1 do professor Carille, o
Corinthians precisa triangular. Leia-se: ter sempre três jogadores próximos
para trocar passes rápidos e assim abrir a defesa rival. Jadson e Rodriguinho
fizeram isso muito bem pelo lado direito com Fagner. Em alguns momentos
mostraram até que por lá pode estar a grande arma ofensiva da equipe para o
restante da temporada.
O enorme espaço dado pelo Luverdense entre a
linha de defesa e o meio de campo permitiu que o Corinthians chegasse constantemente
na área. Guilherme Arana, Maycon e Romero também apareceram com força pela
esquerda. Vale destacar o empenho tático do paraguaio em ajudar a marcação,
arrancando aplausos e gritos de incentivo da torcida, que tanto o cobra.
A atuação de Jadson e Rodriguinho evidenciou
a evolução da dupla de “cérebros” corintianos. Se nas últimas partidas ambos
não empolgaram, nesta quarta o desempenho esteve mais próximo do que Carille
deseja. Os dois desfilaram diante da liberdade dada pelo Luverdense e foram
decisivos para a boa atuação do primeiro tempo.
Pode ser nervosismo, ansiedade, má pontaria, mas o fato é que o Corinthians aproveita
muito pouco o que cria. O gol de Jô após confusão dentro da área foi pouco.
Como disse Rodriguinho depois da partida, o Timão poderia ter goleado. Poderia
mesmo. Mas os números comprovam a ineficiência ofensiva. Em 21 finalizações, a
equipe acertou apenas cinco no alvo. Quase nada para quem sonha com títulos.
– Chegamos várias vezes na
cara do gol, foi o jogo em que mais finalizamos e fizemos o goleiro trabalhar.
A gente criou. Chegamos na cara do gol, com jogadas pelos lados, bolas paradas
funcionando. Temos de ter mais precisão para buscar a tranquilidade dentro do
jogo – afirmou o técnico Fábio Carille.
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