De janeiro a setembro deste ano, uma área superior a 100 mil campos
de futebol, cerca de 100 mil hectares de floresta foram destruídos na
Bacia do Rio Xingu, segundo o Sistema de Indicação por Radar de
Desmatamento (Sirad X), monitoramento mensal feito pelo Instituto
Socioambiental (ISA) com base nas informações do satélite Sentinel-1.
Apenas em setembro, 4.410 hectares de floresta foram derrubados. Uma das
áreas de maior biodiversidade do mundo, a Bacia do Rio Xingu engloba 21
Terras Indígenas e dez Unidades de Conservação (UCs) entre os estados
do Pará e Mato Grosso e abrange 21 municípios.
Nas áreas protegidas, mais de 32 mil hectares foram desmatados de
janeiro a setembro. Na Terra do Meio, foram desmatados 25 mil hectares
no período, dentro dos 8,5 milhões de hectares de extensão. O Projeto de
Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes),
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta 6.947
quilômetros quadrados de corte raso de agosto de 2016 a julho de 2017.
“A pressão por novas áreas para a expansão agropecuária, grilagem de
terras, retirada ilegal de madeira e a expansão do garimpo são os
principais fatores de derrubada da floresta”, aponta Juan Doblas,
especialista em geoprocessamento do ISA.
O município de Altamira (PA) lidera o ranking desde junho de
2018, com uma área de aproximadamente 1.600 hectares de floresta
derrubada em setembro. “O desmatamento registrado nos distritos mais
afastados da sede municipal - entorno da Vila Canopus, no interior da
Terra do Meio - é o grande responsável por esses números”, diz o
boletim do ISA.
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