Um homem de 38 anos foi condenado a 57 anos de prisão em regime fechado
por estupro qualificado, tortura e ameaça contra a própria filha. Ele
não vai poder recorrer em liberdade. A sentença é da Vara Única de Herval D’Oeste, no Oeste catarinense. A vítima sofria os abusos desde que era criança.
A
denúncia do caso foi feita pelo Conselho Tutelar em janeiro deste ano,
após informações de que uma adolescente de 17 anos, grávida, era mantida
em cárcere privado e em condições precárias no município de Água Doce.
No
início, ao ser questionada, a menor de idade disse que o pai do bebê
era o namorado dela. Depois da intervenção do Conselho Tutelar, a moça
contou que estava grávida do próprio pai e os abusos aconteciam desde
que ela era criança.
O
pai alugou um imóvel no município vizinho para esconder a gravidez da
filha. Isso depois da tentativa frustrada de conseguir autorização para
aborto sob argumento de que a adolescente tinha sido estuprada. Depois, o
réu fugiu para o Paraguai e preso preventivamente em março de 2018.
Conforme
as investigações, o crime era cometido quando os dois estavam sozinhos
em casa e em outros locais, tendo ocorrido também depois que o acusado
descobriu que a filha estava grávida. A vítima não denunciou por medo
das ameaças e da agressividade do pai. A mãe disse nunca ter desconfiado
do que acontecia.
O
réu também foi sentenciado à perda do poder familiar e a pagar R$ 50
mil de indenização à filha como reparação por danos morais suportados.
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