A
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
divulgou nesta terça-feira (19) nota sobre os riscos do uso inadequado
de etanol combustível como produto de limpeza e desinfecção na atual
situação de crise provocada pelo novo coronavírus., causador da
Covid-19.
Segundo a ANP, os produtos destinados ao uso humano, ou em ambiente
domiciliar, são aqueles regularizados pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), que seguem legislação própria, pois têm
níveis específicos de exigência no processo de fabricação, de acordo com
o seu uso.
“A Agência estabelece, por meio da Resolução 19/2015, as
especificações do etanol, anidro e hidratado, a ser utilizado para fins
combustíveis, em especial em veículos automotores. O produto é
comercializado diretamente nos postos de gasolina, como etanol
hidratado, para abastecer veículos (com pureza – teor alcoólico – de
92,5% em massa) ou como etanol anidro adicionado à gasolina (com pureza
mínima de 99,3% em massa). Limpeza e desinfecção são utilizações que
requerem etanol com características específicas, distintas das presentes
no etanol combustível automotivo”, esclarece a ANP.
De acordo com a ANP, além da caraterística de pureza, há risco de
contaminação durante a produção, transporte e armazenamento, ainda que
em pequena escala, com produtos tóxicos, tais como metanol, gasolina e
diesel. “Na composição do etanol combustível automotivo, devido à
matéria-prima e ao processo produtivo empregados, pode haver outros
álcoois, bem como sais orgânicos à base de enxofre, ferro, sódio e
potássio, cuja ingestão, ou contato com a pele e mucosas, são
prejudiciais à saúde.”
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