A
pandemia de coronavírus derrubou o principal pilar de sustentação da
economia brasileira, o consumo das famílias, que registrou queda inédita
em março, segundo dados do Monitor do PIB, indicador do Ibre (Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) divulgado nesta
segunda-feira (18).
A economia teve retração no patamar inédito de 5,3% no primeiro mês
de isolamento social do país, em comparação a fevereiro, com queda de
6,5% no consumo das famílias brasileiras.
Responsável por cerca de dois terços do PIB (Produto Interno Bruto), o
consumo vinha crescendo 2% ao ano e sustentando a fraca recuperação da
economia desde o final de recessão de 2014-2016. Nos três últimos anos, o
país cresceu pouco mais de 1%.
Os dados do Monitor do PIB também contrariam o discurso do Ministério
da Economia de que o PIB brasileiro estava decolando quando o mundo foi
atingido por um “meteoro”, em uma referência à pandemia de coronavírus.
Segundo a FGV, a economia já vinha com resultados fracos em janeiro
(+0,6%) e em fevereiro (+0,2%). Com isso, no primeiro trimestre do ano, o
indicador teve queda de 1%, pior resultado desde o terceiro trimestre
de 2015, auge da recessão mais recente no país.
Os dados oficiais do PIB para o primeiro trimestre serão divulgados
pelo IBGE no próximo dia 29, mas trazendo números para o período fechado
de três meses, sem resultados mensais.
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