Por isso, Grêmio, São Paulo, América-MG e Palmeiras fazem questão de ir com a força máxima para os jogos desta quarta-feira. Mesmo envolvidos com uma maratona de compromissos pelas Séries A e B e até pela Copa Libertadores, como no caso do Palmeiras, a Copa do Brasil representa um oportunidade de título e de ganhar o maior prêmio do futebol brasileiro. O Campeonato Brasileiro paga "apenas" R$ 31,7 milhões ao campeão.
O mata-mata nacional ainda premia os times a cada etapa avançada. Então, por terem iniciado nas oitavas de final e atingido a semifinal, Grêmio, São Paulo e Palmeiras já embolsaram R$ 12,9 milhões. O América-MG recebeu ainda mais. A equipe disputou ainda as quatro primeiras fases da competição e teve como premiação acumulada até agora R$ 17,6 milhões.
A cada recompensa recebida as equipes têm um grande alívio. O ano de 2020 tem sido bastante complicado para os times de futebol pelos impactos gerados com a pandemia do novo coronavírus. A saída de patrocinadores, os estádios sem público e a diminuição com receitas de TV fazem a temporada ser de muitas perdas. Segundo uma projeção feita pela consultoria Sports Value, as principais equipes do País devem registrar receitas até 46% menores em comparação a 2019.
Das séries A e B do Brasileiro, somente o Red Bull Bragantino não fez reduções salariais nem demitiu funcionários. Muitos outros clubes precisaram fazer reajustes e contar com o auxílio da criação da linha de crédito de R$ 100 milhões criada pela CBF para manter as finanças em dia. De acordo com uma estimativa da Ernst & Young, a retração do futebol brasileiro pode chegar até a R$ 2 bilhões neste ano.
É neste cenário de dificuldades financeiras que os semifinalistas da Copa do Brasil enxergam uma brecha de otimismo com a possível vaga na decisão do torneio. A garantia de receber R$ 22 milhões apenas pela presença na final e a expectativa de embolsar até R$ 54 milhões em caso de título representa um alívio para quem ao longo desta temporada contabilizou prejuízos mês a mês.
As cifras fazem desta Copa do Brasil a mais lucrativa da história. No ano passado o campeão, Athletico-PR, recebeu R$ 52 milhões de premiação. Ao todo o time acumulou ao longo da campanha R$ 64,3 milhões. Já em 2018, o Cruzeiro embolsou um pouco menos que isso, ao ficar com R$ 50 milhões pelo título e R$ 62 milhões pela campanha toda.
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