segunda-feira, março 08, 2010

No dia 8 de março se comemora o Dia Internacional da Mulher.

Vocês estão todas de parabéns, garotas. Bombons e champanhe para todas.

Mas a data está errada.

A data certa é 25 de fevereiro.

Foi neste dia, em 1911, que 146 operários – quase todas mulheres, quase todas imigrantes, todas pobres – morreram no incêndio de uma fábrica em Nova York.

Fábrica não, um cortiço inseguro transformado em fábrica, no oitavo, nono e décimo andares de um prédio, o Asch Building, do lado da Washington Square.

As jovens trabalhavam nove horas por dia de segunda a sexta e sete horas aos sábados, a troco de trocados.

Os donos trancavam as portas do salão onde elas trabalhavam, para impedir que elas parassem de trabalhar e fossem para o corredor ou a escada bater um papo, fazer um lanche, fumar um cigarro.

Os dois ascensoristas, Joe e Gaspar subiam e desciam resgatando as meninas. Mas o fogo estava tão forte que as moças começaram a pular de desespero no vão do elevador. Os corpos empilharam em cima do elevador.

62 pessoas morreram pulando pelas janelas. Os corpos espatifados pararam o trânsito nas ruas vizinhas.

Dias depois, o Partido Socialista da América declarou o dia 28 de fevereiro o primeiro dia internacional da mulher.

A data sambou pra cá e para lá durante anos, até que Lênin, depois da revolução soviética, estabeleceu o dia 8 de março.

O dia da mulher não é só um dia de celebração. É um dia de luta. Nasceu e deveria ser entendido como um dia para lembrar que as mulheres ainda são cidadãos de segunda classe na maioria dos países – no Brasil, por exemplo.

Um comentário:

  1. Não colocou os créditos do autor do texto. http://blogs.r7.com/andre-forastieri/2010/03/08/a-origem-do-dia-internacional-da-mulher/

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