Morreram no final da tarde de ontem domingo (09) as irmãs siamesas unidas pelo tórax, Ruth e Raquel. Elas estavam internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, desde o nascimento, há uma semana.
As irmãs respiravam através de aparelhos e possuiam pressão arterial instável. De acordo com exames realizados pela equipe médica do hospital, a causa da morte foi uma parada cardiorespiratória irreversível. Ruth e Raquel dividiam o mesmo fígado, mas possuiam dois corações e dois cérebros.
Mesmo assim, a direção técnica do hospital alegou que seria inviável separá-las, porque elas provavelmente não iriam sobreviver a separação. O diretor técnico do Santa Catarina, Damião Nobre, esclareceu que as gêmeas nasceram com uma série de defeitos cogênitos, entre eles, com uma onfalocele, que é um defeito congênito em que os órgãos normalmente localizados dentro do corpo se desenvolvem na parte externa do corpo. Na prática, o bebê nasce com um saco que se exterioriza através do defeito e contém o intestino delgado, o fígado e o intestino grosso. O nascimento de gêmeos siameses é raro. Estima-se que de cada 100 mil nascimentos, apenas um seja de gêmeos siameses. O caso das gêmeas Ruth e Raquel é o terceiro registrado nos últimos 20 anos na capital potiguar.
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