quarta-feira, maio 09, 2012

Testemunha acusa José Agripino de receber proprina, diz revista.

Uma testemunha acusa o senador José Agripino Maia (DEM) de receber R$ 1 milhão no esquema investigado na Operação Sinal Fechado. O assunto é destaque desta quarta-feira (09) no portal da revista Carta Capital. Trata-se do lobista de São José do Rio Preto (SP), Alcides Fernandes Barbosa. Ele foi preso com outras nove pessoas, em 24 de novembro de 2011, por envolvimento no esquema de inspeção veicular, montado por empresários e políticos locais.

Segundo a revista, a testemunha foi ouvida por um grupo de seis promotores de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), que almejava um acordo que o tirasse da prisão. O depoimento durou 11 horas e reforçou muitas das teses levantadas pelos promotores sobre a participação de políticos no bando montado pelo advogado George Olímpio, apontado como líder da quadrilha, ainda hoje preso em Natal.

"De acordo com trechos da delação, gravada em vídeo, Barbosa afirma ter sido chamado, no fim de 2010, para um coquetel na casa do senador Agripino Maia, segundo disse aos promotores, para conhecer pessoalmente o presidente do DEM. O convite foi feito por João Faustino Neto, ex-deputado, ex-senador e atual suplente de Agripino Maia no Senado Federal. Segundo o lobista, ele só foi chamado ao encontro por conta da ausência inesperada de outros dois paulistas, um identificado por ele como o atual senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o outro apenas como “Clóvis” – provavelmente, de acordo com o MP, o também tucano Clóvis Carvalho, ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso", diz a revista.

A Carta Capital informou que com base em ambos os depoimentos, o Ministério Público do Rio Grande do Norte decidiu encaminhar o assunto à Procuradoria Geral da República, pelo fato de Agripino Maia e ser senador da República, tem direito a foro privilegiado. Lá, o procurador-geral Roberto Gurgel irá decidir se uma investigação será aberta ou não.


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