Não só de boas lembranças é marcado o dia 12 de junho. Enquanto no Brasil comemora-se o Dia dos Namorados, em todo o mundo um assunto muito mais "pesado" é tratado: trabalho infantil. Nesta terça é lembrado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. E no Rio Grande do Norte, apesar dos avanços registrados nos últimos anos, a situação ainda preocupa os envolvidos no combate à exploração de crianças e adolescentes. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aproximadamente 13% das crianças nordestinas estão envolvidas em situação ilegal de trabalho. E o RN ocupa a 8ª pior colocação entre os estados brasileiros entra faixa etária dos dez aos 14 anos de idade são 27.399 potiguares em condições de trabalho ilícito. Já na faixa entre cinco e nove anos, o estado é o 7º colocado, com 2.936 crianças em trabalho ilegal. Estes números deixam o RN, em relação ao restante da região Nordeste, atrás de Bahia, do Ceará e do Piauí.
Com 19 anos de atuação, o Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho da Criança e de Proteção ao Adolescente Trabalhador (Foca-RN) - o primeiro a ser criado no Brasil - trabalha em conjunto com vários órgãos em defesa das crianças e adolescentes, mas ainda registra inúmeros casos ilegais por todo o Estado. Segundo a coordenador do fórum potiguar, Marinalva Cardoso, vários pontos já foram melhorados, mas a luta ainda continua. "Inúmeros tópicos foram debelados e as melhoras foram substanciais nos últimos anos, mas ainda estamos em um momento preocupante.
Casos como as quebras das castanhas em João Câmara, feiras livres, matadouros e casas de farinha em todo o Estado", pontuou Marinalva. Dentre os casos, a fabricação de farinha de mandioca é considerada a de enfrentamento mais complicado, pois as "casas de farinha" são quase sempre instaladas em locais distantes e as crianças são levadas para trabalhar pelos próprios pais, para aumento de renda e também pela falta de estrutura para abrigar as criançasenquanto os mesmo trabalham, como escolas infantis e creche.
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