A polícia do Maranhão prendeu uma mulher suspeita de assassinar, por envenenamento, o próprio genro e seis ex-maridos. Segundo investigações iniciais, Maria de Jesus Santos, 54, a mulher é conhecida na região como "viúva negra".
A suspeita foi presa no povoado conhecido como Chega Tudo, no município de Centro Novo do Maranhão (a 550 km de São Luis), na última sexta-feira (10), e está à disposição da Justiça.
Segundo a polícia, a mulher teria matado o agricultor Janes da Silva Marques, 20, casado com uma das filhas dela, há cerca de um ano, no povoado Vai Quem Quer, na zona rural do município de Cândido Mendes (a 595 km da capital). Em depoimento, a acusada confessou o crime e relatou que o motivo do assassinato foi ocasionado por uma briga familiar após ela “não ter gostado” de o rapaz ameaçar bater no neto dela e “no mesmo dia teve vontade de assassiná-lo.”
O delegado Raimundo Batalha disse que após a morte do genro da acusada a polícia levantou suspeita dos demais assassinatos e “sempre utilizava o mesmo modus operandi.”
Segundo a polícia, ela contou que esperou o horário do jantar para colocar chumbinho --veneno usado para matar ratos --na comida do genro. Horas depois o rapaz começou a passar mal e veio a óbito.
“Como o crime ocorreu em uma localidade muito distante e de difícil acesso. Num primeiro momento a morte foi tida como natural, só ao amanhecer do dia seguinte à morte é que os parentes suspeitaram de envenenamento e nos acionaram. Quando chegamos ao local, o cadáver já tinha sido sepultado e assim o auto flagrancial não teve o exame cadavérico, pelo que o Juiz entendeu que era precipitado manter a prisão e por isso a liberou para que respondesse o processo em liberdade, mediante o compromisso de comparecimento a todos os atos do processo”, detalhou o delegado Raimundo Batalha.
A prisão de Maria de Jesus ocorreu após ela mudar de endereço e não avisar a Justiça do seu paradeiro.
A polícia informou ainda foi realizada a exumação do corpo do rapaz para retirada de material para ser periciado. O delegado afirmou que o exame cadavérico apontou que “foi encontrado nas vísceras da vítima o veneno para matar rato, atestando que se tratava não de morte natural, mas sim de envenenamento”, disse.
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