Tomar café da manhã parece não fazer parte da rotina de alguns estudantes, que até passam mal durante as aulas por falta de alimentação. É o que revela uma recente pesquisa, feita com professores do ensino fundamental em colégios particulares. De acordo com o estudo, 64% dos professores percebem que os alunos não se alimentam de manhã e 80% já presenciaram algum tipo de mal estar físico. Entre os tipos de males sentidos, estão tontura, dor de cabeça, náuseas, fraqueza, desmaio ou sensação de desmaio.
Dentro da sala de aula, 69% dos professores apontaram a desatenção como principal impacto deste hábito. Especialistas alertam que a falta de café da manhã compromete o aprendizado.
— Educação para alimentação tem que começar em casa. Estamos deixando para mais tarde esse papel. O café da manhã antes era a "refeição rei". Hoje, a criança tem que sair do sono para o estado de vigília em poucos minutos porque a van já está chegando e o café da manhã é feito rápido, com cardápio monótono — afirma o pediatra e nutrólogo da Unifesp Mauro Fisberg.
— O café é uma refeição importante para ingerir cálcio, ferro e vitaminas. Na Inglaterra, 20% das crianças que não tomam café da manhã têm rendimento escolar menor — aponta a nutricionista da USP Sílvia Cozzolino. As deficiências de cálcio, vitaminas e ferro são as principais causas de doenças como raquitismo e anemia.
Entre os alimentos mais consumidos de manhã estão o café (80%), pão francês (70%) e leite integral (68%).
— Iniciar o dia sem fonte de energia, frutas e derivados lácteo é deficiente. Tem crianças que ficam 16 horas de jejum. Com certeza, isso causará algum prejuízo ao organismo — diz Mauro Fisberg.
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