A Polícia Civil gaúcha investiga a suposta venda de um recém-nascido por R$ 300 em Viamão (RS). A denúncia partiu de uma testemunha que relatou o caso às autoridades. Viciada em drogas e mãe de outros seis filhos, uma mulher teria feito um acordo com um casal, que registrou o bebê em seu nome. Os policiais confirmaram que na certidão de nascimento consta a identidade dos possíveis compradores. O bebê está sob a guarda do Conselho Tutelar.
Conforme a polícia apurou, algumas pessoas que ainda estão sendo identificadas intermediaram o negócio. Ao dar entrada no Hospital de Viamão no dia 1º de setembro para a realização do parto, a mãe legítima se registrou com a identidade da suposta compradora. E o marido tentou retirar o bebê do hospital como sendo o pai da criança. A certidão de nascimento da menina chegou a ser feita, mas será cancelada pela Justiça.
“O homem que registrou essa criança falsamente tentou retirar o bebê no hospital com um pedido de busca e apreensão, mas a Justiça não concedeu a ele”, contou o delegado que investiga o caso, Edison de Frade.
Segundo o policial, um advogado afirmou que o casal de classe média alta, residente em Porto Alegre, deve se apresentar à polícia nesta quarta-feira (12). Eles teriam optado pela negociação depois de a mulher tentar, sem sucesso, engravidar.
De acordo com Frade, a mãe biológica da menina disse ser viciada em crack e afirmou que não cria os demais filhos. A polícia investiga também denúncias de que não seja a primeira vez que a mulher doou um bebê.
Os investigados devem responder ao inquérito em liberdade. Caso sejam considerados responsáveis pelo crime, eles poderão responder pela entrega de filho mediante recompensa, falsidade ideológica e registro de outrem, cujas penas podem chegar a seis anos de reclusão.
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