terça-feira, outubro 30, 2012

Caso Maristela Just 21 anos à espera da justiça.

Hoje!

Alívio, satisfação e saudade.

Eis os sentimentos que nos tomam ao saber que, enfim, o assassino foi preso e deverá começar a pagar pelo mal que nos fez. Começar a pagar, sim, pois temos certeza que sua punição está apenas no início. Foi com alívio que recebemos a notícia e pudemos transmiti-la aos nossos sofridos e queridos avós ainda em vida; foi com satisfação que vimos a justiça chegar até nós e, de certa forma, servir de exemplo para outros covardes e foi com saudade que, mais uma vez, nos lembramos do nosso grande amor que se foi pelas mãos de um fraco.

É uma mistura de sentimentos que nos confunde, talvez pela longa espera, talvez pela frustração de sentir que, ainda assim, dói e dói muito. A prisão de José Ramos, em nossa visão, fechou um ciclo, mas, é como se ainda faltasse algo, como se ainda não tivesse sido respondida a pergunta “por que”.

Por que conosco? Por que com ela? Por que ele?

Refletindo juntos, entendemos que essa resposta não nos será revelada por ninguém, simplesmente porque é óbvia e dura. Tudo isso aconteceu porque o mal existe. A solução para nossas inquietações será o que sempre nos acalentou: o amor de nossa família e a certeza que Deus existe e que sempre esteve no controle de tudo!

O que parece surreal aconteceu conosco (a tragédia) e que parecia inacreditável também nos aconteceu (nossa recuperação), tudo isso se deu devido ao amor que nos une e que recebemos de todos familiares, amigos, conhecidos, desconhecidos....de todos, menos do assassino.

Que sua pena seja paga, que o sofrimento lhe torne menos desprezível, pois o único sentimento que conseguimos sentir, hoje, é pena desse ser inferior e oco. Somos indiferentes ao seu triste destino que a Justiça tratou de trilhar, afinal qualquer pena é menor que a pena que nos foi imposta: a de viver sem nossa mãe.

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