Segunda colocada nas pesquisas
eleitorais, Marina Silva se recusa a discutir, até mesmo a portas
fechadas, um plano B para a sucessão presidencial de 2014 se não
conseguir registrar seu partido, a Rede de Sustentabilidade, dentro do
prazo exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Apesar da resistência da
ex-senadora, dirigentes da Rede que são detentores de mandato
parlamentar já começam a pensar no futuro caso o projeto naufrague.
Para poder ter candidatos em 2014, a
Rede precisa ser criada até 5 de outubro, mas tem enfrentado
dificuldades para certificar as 492 mil assinaturas necessárias para
obter o registro.
Sem uma legenda própria, Marina teria de
procurar um partido para abrigar seu projeto de poder que oferecesse
“um mínimo de conforto programático”, como diz um operador político da
Rede. O espectro é pequeno, mas traz opções. A mais viável seria o
retorno ao PV, sua antiga legenda. Outras alternativas aceitáveis seriam
o PDT, PPS e até o novato PEN, que poderia ser moldado à imagem e
semelhança de Marina.
Todas essas siglas se dizem abertas ao
diálogo e já abrigam militantes ligados a Rede. O problema é que uma
eventual migração poderia deixar os parlamentares do grupo sem mandato,
já que a lei só permite mudança para partidos recém-criados.
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