Carlos Costa, diretor de marketing da TelexFree (Reprodução)
Os divulgadores da TelexFree que ficaram a ver navios nos últimos meses, após aplicarem suas economias na empresa, podem ter alguma chance, ainda que remota, de recuperar o dinheiro perdido. A proposta foi feita pelo próprio diretor da empresa, Carlos Costa, por meio de um vídeo publicado no YouTube. A ideia de Costa é propor à Justiça o recurso da sub-rogação, que consiste na autorização para que uma empresa compre as dívidas de outra, enquanto sua operação permanece bloqueada, como é o caso da TelexFree.
Como, segundo a ação pública movida pelo
Ministério Público do Acre, os divulgadores da empresa são considerados
credores, a proposta pode permitir que recebam o valor investido. Costa
deixou claro que apenas os divulgadores que não tiveram qualquer
retorno sobre seus investimentos seriam elegíveis a requerer o dinheiro
de volta. “São aqueles que não tiveram seus investimentos de volta.
Aquela pessoa que entrou na TelexFree através da Ympactus aqui no
Brasil, investiu seu dinheiro nas nossas contas VoIP e não teve o
retorno do seu dinheiro”, disse Costa.
O diretor não informou, contudo, que
tipo de empresa pode se interessar em comprar a dívida da TelexFree.
Numa situação comum, o recurso é usado quando uma determinada empresa
tem um prazo determinado para saldar uma dívida e não consegue levantar o
dinheiro a tempo. A dívida, então, é paga por uma empresa sub-rogada,
que receberá, futuramente, o valor da empresa que não conseguiu honrar
com seu compromisso — mediante juros, obviamente. Resta saber quem
estará disposto a assumir a dívida da TelexFree, empresa investigada por
suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira com mais de um
milhão de pessoas.
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