Para quem esperou 113 anos, 90 minutos podem parecer pouco tempo.
Comparando friamente, é mesmo. Mas a ansiedade pelo primeiro título de
expressão tem o poder de fazer uma partida parecer uma eternidade. Esse é
o tempo que separa a Ponte Preta da glória maior de sua história mais
do que centenária. A partir das 21h50m (de Brasília) desta quarta-feira,
contra o Lanús, no Estádio Néstor Díaz Pérez, na Argentina, a Macaca
joga 113 anos em 90 minutos para se libertar do jejum e ser campeã pela
primeira vez.
A decisão da Sul-Americana está aberta. O empate por 1 a 1 no Pacaembu,
na semana passada, deixa Lanús e Ponte em pé de igualdade em termos de
resultado - na final, o gol fora é indiferente. Uma nova igualdade,
independentemente do placar, leva a definição para a prorrogação.
Mantendo-se o empate, pênaltis. Os argentinos têm a ligeira vantagem de
fazer o segundo jogo em casa.
O ganhador da Sul-Americana garante uma vaga na pré-Libertadores do ano
que vem, o direito de disputar a Recopa contra o Atlético-MG e a Copa
Suruga no Japão. Devido à vaga para a Libertadores, o duelo em ‘La
Fortaleza’ interessa diretamente a outro alvinegro. Se a Ponte for
campeã, o G-4 do Brasileirão vira G-3, e o Botafogo perde a vaga. No
caso de vice da Macaca, o time de Seedorf será um dos representantes
brasileiros na Libertadores de 2014, ao lado de Cruzeiro, Grêmio,
Atlético-PR, Flamengo e Atlético-MG.
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