Em viagem à Itália para participar da cerimônia que oficializará o
arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, como cardeal, a
presidente Dilma Rousseff foi recebida nesta sexta-feira (21) pelo Papa Francisco, no Vaticano. Durante o encontro, a petista convidou o chefe da Igreja Católica a comparecer no Brasil para acompanhar a Copa do Mundo.
Torcedor do clube argentino San Lorenzo, o pontífice é um fã declarado
de futebol. Apesar de ter formalizado o convite, a chefe do Executivo
disse acreditar que Papa não terá condições de participar do mundial da
Fifa devido a problemas de agenda.
Dilma, no entanto, brincou ao lembrar sobre episódio da Copa de 1986 no
qual o ex-craque argentino Diego Armando Maradona fez um gol com a mão
que desclassificou a Inglaterra do Mundial. À época, Maradona atribuiu a
jogada à “La mano de Dios [a mão de Deus, em espanhol]”.
"A única coisa que eu pedi era que a neutralidade fosse mantida por
parte do santo padre e assim a mão de Deus não empurrasse a bola de
ninguém", disse Dilma.
A audiência com o Papa Francisco ocorreu por volta das 19h30 (15h30 no
horário de Brasília). Segundo a presidente, ela entregou ao pontífice,
durante o encontro desta sexta, uma bola autografada na véspera pelo
ex-atacante Ronaldo Fenômeno na cerimônia de inauguração do estádio
Beira-Rio, em Porto Alegre, e uma camisa da Seleção com uma dedicatória
de Pelé.
Dilma desembarcou na manhã desta sexta em Roma e foi recebida no
aeroporto por representantes da Santa Sé. Neste sábado (22), às 11h, a
chefe do Executivo irá prestigiar na Praça de São Pedro a solenidade do
consistório, cerimônia na qual os cardeais são oficializados.
O diplomata Carlos Antônio Paranhos, subsecretário do Ministério de
Relações Exteriores, afirmou que a viagem representará uma
"intensificação do diálogo" entre o Papa Francisco e Dilma.
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