A médica endocrinologista Tereza Arruti Rey
Dados do Ministério da Saúde revelam que
o Brasil tem ajudado a engrossar as estatísticas mundiais de obesidade e
diabetes. Hoje, quase a metade da população brasileira (48,5%) está
acima do peso. Já o número de diabéticos chegou a 13,4 milhões de
pessoas, em 2013. Se os dados são alarmantes, as perspectivas são ainda
piores. “Em 20 anos a população infantil triplicou o peso”. O alerta é
da endocrinologista Tereza Arruti Rey, 64, do alto de sua experiência
clínica de quatro décadas. Para ela, uma criança obesa será um adulto
obeso.
À frente do Núcleo de Doenças
Metabólicas e Obesidade, do Centro de Diabetes e Endocrinologia da
Bahia, Tereza avalia e encaminha para o SUS os pacientes aptos a se
submeter, gratuitamente, à cirurgia bariátrica. Mestra e doutora na
área, ela passa longe do gênero acadêmico, apesar de já ter dado
expediente na sala de aula da universidade. Firme e direta, fala de
temas delicados, como os que lida diariamente – no serviço público e no
consultório particular que mantém no Hospital Aliança - com muita
naturalidade. Longe de querer provocar polêmica, crê que não existe
gordo feliz. “Tem aquele que faz esse papel”. A declaração pode parecer
cruel, mas, feita por ela, sugere um alerta: “É preciso mudar o
estilo de vida”. Não com dietas miraculosas, mas reaprendendo a comer.
Não pela estética, mas porque a obesidade é uma doença. E pior, pois
desencadeia muitas outras.
Confira na íntegra
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