Era antes das 6h quando José dos Santos
acordou. A ansiedade fez com que a noite, que antecedeu o dia 26,
véspera das eleições, se tornasse longa. A data estava sendo aguardada
com certa impaciência pelo aposentado de 105 anos, que nasceu em Catulé
(BA) e mora em Montes Claros (MG). Desde que adquiriu o direito ao voto,
Seu Zezinho, como é conhecido, fala que “nunca falhou uma eleição”,
tudo isso porque ele diz que “é brasileiro e quer o bem da nação”.
Ao longo do tempo, José dos Santos conta
que presenciou muitas mudanças no processo eleitoral brasileiro. Fala
que na época dele “o voto era no papel e na carabina”.
“A gente se reunia com os homens de capa
preta, debaixo da capa havia uma carabina e um saco de balas. Era o
voto chamado de cabresto, hoje não, o sujeito tem o querer para poder
votar, antes não havia isso.”
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