O trio de canibais foi condenado, na
noite de ontem sexta-feira (14), por homicídio quadruplamente
qualificado, vilipêndio (violação) e ocultação do cadáver de Jéssica
Camila da Silva Pereira, 17 anos. O crime ocorreu em maio de 2008. Jorge
Beltrão Negromonte da Silveira pegou 21 anos e seis meses de reclusão e
um ano e seis meses de detenção, totalizando 23 anos. Já as rés Isabel
Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva pegaram 19
anos de reclusão e um ano de detenção, totalizando 20 anos. A sentença
foi lida pela juíza Maria Segunda Gomes de Lima, que presidiu o júri
popular no Fórum de Olinda, Grande Recife. A defesa dos réus informaram
que vão recorrer da decisão.
Segundo o Tribunal de Justiça de
Pernambuco (TJPE), pelo menos um sexto da pena de reclusão só pode ser
cumprida em regime fechado. Já no caso da detenção, essa pena pode ser
cumprida em regime semiaberto ou aberto.
A vítima era moradora de rua, tinha 17
anos, uma filha de um ano e aceitou viver com os acusados. Eles
planejaram ficar com a criança depois de matar a mãe, segundo a denúncia
do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
O trio ainda é acusado de assassinar
em Garanhuns, no Agreste do estado, Giselly Helena da Silva, 31 anos, e
Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, mortas, respectivamente, em
fevereiro e março de 2012. O julgamento relativo a esse processo ainda
não foi marcado pela Justiça estadual.
Os acusados afirmam fazer parte da
seita Cartel, que visa a purificação do mundo e o controle populacional.
A ingestão da carne faria parte do processo de purificação. O caso veio
a público depois que parentes de Giselly Helena da Silva denunciaram o
seu desaparecimento. Os acusados usaram o cartão de crédito da vítima em
lojas de Garanhuns e foram rastreados pela polícia.
Uma publicação contendo os detalhes dos
crimes – registrada em cartório – foi encontrada na casa dos réus. Para a
Polícia Civil de Pernambuco, não há possibilidade de outras mortes
terem sido praticadas pelo trio no estado. Via g1.
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