Incertezas e dificuldades técnicas ainda
persistentes no programa de financiamento estudantil do governo, o
Fies, têm aumentado preocupações do setor de ensino privado para 2016.
Segundo fontes do setor, o Ministério da Educação tem prometido ofertar
cerca de 330 mil vagas ano que vem. Apesar da tensão envolvendo a
aprovação do orçamento do próximo ano, a pasta tem afirmado que os
recursos para tais vagas estão garantidos.
Embora o próprio setor receba com certo
ceticismo as perspectivas para o próximo ano, a oferta de vagas num
ritmo próximo ao de 2015 (foram 314 mil vagas este ano) tende a ser
sustentada pela inclusão de regras que permitem reduzir o gasto por
aluno. Uma delas é a redução da prática de financiar o valor integral
dos cursos. Além disso, pessoas no setor ainda esperam que o MEC
implemente também no ano que vem um controle dos reajustes das
mensalidades no programa.
Algo comum antes das reformas deste ano,
o financiamento integral passou, neste segundo semestre, a ser feito
apenas para alunos com até 0,5 salário mínimo de renda mensal familiar
per capita. O diretor executivo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino
Superior (Semesp), Rodrigo Capelato, avalia que esses casos serão raros
porque há entre esses alunos de baixa renda grupos de notas menores e o
MEC impôs uma nota mínima no Exame Nacional do Ensino Médio para que se
obtenha o Fies.
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