Esta manhã, o Conselho Federal de
Medicina (CM) voltou a liberar a inseminação artificial em mulheres com
mais de 50 anos, desde que a paciente assuma os riscos da gravidez, em
conjunto com o médico. Na resolução anterior, publicada em 2013,
mulheres a partir dos 50 anos precisavam de uma autorização dos
conselhos de medicina para realizar o procedimento.
“Pela saúde da mulher e da criança,
continuamos defendendo o limite máximo de 50 anos. Mas se após o
esclarecimento do médico, ela decida pela gravidez e assuma os riscos
junto com ele, entendemos ser possível o uso das técnicas de
reprodução”, esclarece o tesoureiro e coordenador da Câmara Técnica de
Ginecologia e Obstetrícia do CFM, José Hiran Gallo
As novas regras modificam a doação de
gametas. Pela nova norma, apenas homens podem doar espermatozoides sem
restrição, exceto pela idade máxima de 50 anos. Óvulos podem ser doados
apenas em situações nas quais doadora e receptora têm problemas de
reprodução e são submetidas a tratamento. Neste tipo de situação, a
paciente doadora pode receber ajuda no custeio do tratamento (ou de
parte dele) por outra mulher, que também esteja passando o mesmo
processo, mas não tenha óvulos em condições de serem fertilizados.
Segundo o CFM, a medida visa acabar com o
comércio de óvulos e com as negociações entre mulheres e clínicas de
reprodução, que muitas vezes trocam óvulos por uma laqueadura ou
aplicação de DIU.
Outra mudança na resolução autoriza a
gravidez compartilhada na relação entre duas mulheres. Embora a
inseminação já fosse autorizada, a partir de agora a mulher poderá
implantar o embrião gerado na inseminação de um óvulo da parceira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário