O Rio Grande do Norte vive em situação de calamidade na segurança
pública. Os presídios estão superlotados, facções criminosas rivais
estão em guerra, assassinatos e assaltos acontecem diariamente.
Curiosamente, por falta de segurança, os postos policiais comunitários
da zona Norte foram fechados.
Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACSPM/RN),
Roberto Campos, os postos da zona Norte foram fechados após o registro
de três atentados contra policiais. E a tendência é de que os postos
policiais do restante dos bairros de Natal também sejam fechados.
“No início do ano tivemos três atentados contra policiais somente na
zona Norte. Esses policiais estavam nos postos comunitários. Por sorte,
nenhum policial foi atingido, mas ficou claro que não havia condições de
trabalhar sem o mínimo de segurança nesses locais. Os criminosos não
esperam mais um confronto entre a polícia, eles agora vão até a polícia.
Com a falta de segurança e de efetivo, as bases policiais comunitárias
foram fechadas. A previsão é de que todas as bases sejam fechadas, não é
possível trabalhar com apenas um policial em cada posto, que é o que
ocorre normalmente”, disse.
Segundo Campos, o fechamento dos postos policiais é um reflexo da
atual situação da segurança pública do Rio Grande do Norte. Nem a
população, nem a própria polícia estão seguras. Ainda de acordo com o
presidente da ACSPM, para os postos serem reabertos é necessário
aumentar o efetivo policial. Enquanto isso não acontece, uma possível
solução é fazer desses locais um ponto de parada das viaturas que
circulam nas ruas.
O comandante interino do 4º Batalhão da Polícia Militar, Major
Alexandre, confirmou o fechamento dos postos policiais da zona Norte. De
acordo com o Major, a medida aconteceu devido a falta de efetivo
policial e não há previsão de reabertura das bases. Apesar do fechamento
dos postos, o comandante afirma que a população não será prejudicada.
“Quando um policial fica sozinho em uma base, ele fica vulnerável e
não se torna viável a presença dele naquele local. Então o antigo
comandante fechou os postos policiais. Apesar de não ter mais o policial
fixo nas bases, o patrulhamento e as fiscalizações nas proximidades dos
postos continuam”, explicou.
Ainda segundo o Major Alexandre, as pessoas que precisarem dos
serviços da Polícia Militar deverão, em primeiro momento, contatar o
Ciosp. “A recomendação é sempre ligar para o 190. É por esse número que
os casos serão registrados e a polícia poderá dar suporte à comunidade”.
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