Acostumada a compartilhar detalhes de
sua vida luxuosa com seguidores, a ex-prefeita da pequena cidade de Bom
Jardim (MA), Lidiane Rocha (PP), desapareceu não apenas das redes
sociais – há exato um mês, a ‘prefeita ostentação’ do miserável
município maranhense se esconde da polícia. Suspeita de fraudes em
licitação e desvio de recursos de merenda escolar, Lidiane foi vista
pela última vez em 19 de agosto, um dia antes da Polícia Federal
deflagrar a operação que levou para a cadeia dois de seus
ex-secretários, Antônio Gomes da Silva (Agricultura) e Humberto Dantas
dos Santos (Coordenação Política), ex-namorado da prefeita. Também alvo
de um mandado de prisão, ela é considerada foragida desde o dia 20
daquele mês. Mas não por muito tempo, acredita o delegado federal
responsável pelo caso, Ronildo Rebeldo Lages da Silveira. Segundo ele, a
investigação já identificou as pessoas que têm ajudado Lidiane a se
esconder. E detectar seu paradeiro é “uma questão de tempo”.
Embora os investigadores ainda não
tenham conseguido descobrir onde está Lidiane, Silveira afirma que a PF
esteja cada vez mais perto de capturar a ex-prefeita. Os investigadores
acreditam que ela continua no Maranhão. “Ela está aqui, provavelmente em
um município pequeno, impossível de chegar de carro”, diz o delegado.
Ao longo deste mês as buscas ganharam o reforço da Polícia Civil do
estado. “Eles têm uma delegacia em cada cidade, mesmo nas menores, e
estão engajados. Agora, é uma questão de tempo prender Lidiane”,
acredita Silveira. Para capturar a ex-prefeita, a PF foca as
investigações naqueles que a estão ajudando a se manter escondida. Os
integrantes da rede de apoio a Lidiane já foram identificados, afirma o
delegado. É a partir deles que a corporação acredita que identificará o
esconderijo da política.
Vaidosa, Lidiane, de 25 anos, exibia nas
redes sociais imagens de uma vida de alto padrão em uma cidade de
40.000 habitantes à beira da miséria, com um dos menores IDHs do Brasil.
Ela candidatou-se ao cargo pela coligação “A esperança do povo”. Ela é
investigada por desvios de recursos da educação municipal e fraude à
licitação que podem alcançar 15 milhões de reais.
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