Pelo menos 717 pessoas morreram e 805
ficaram feridas nesta quinta-feira (24) num tumulto em Mina, perto de
Meca, durante um dos rituais da peregrinação anual dos muçulmanos,
mostra um novo balanço da Defesa Civil da Arábia Saudita.
“O número de mortos subiu para 717 e os feridos são 805”, disse a Defesa Civil, na mais recente mensagem no Twitter.
Esta é a última atualização de uma
contagem de vítimas que não tem parado de subir desde um primeiro
balanço de 100 mortos e 390 feridos. Até ao momento, não foram
identificadas as razões para a correria desordenada em Mina.
O Irã atribui a tragédia, que matou 43 dos seus cidadãos, a erros de segurança.
Said Ohadi, chefe da organização
iraniana do hajj (peregrinação), declarou à televisão estatal do Irã que
o bloqueio de dois caminhos perto do local onde os peregrinos fazem o
ritual do apedrejamento simbólico de satanás, deixando apenas três
percursos livres, foi o que causou o “trágico incidente”.
“O incidente de hoje mostra má gestão e
falta de atenção em relação à segurança dos peregrinos. Não há outra
explicação. As autoridades sauditas devem ser responsabilizadas”, disse
Ohadi.
O incidente é o segundo a atingir os
fiéis muçulmanos este ano na Arábia Saudita, após a queda, há dez dias,
de uma grua no interior da grande mesquita de Meca, que causou a morte
de 109 pessoas e feriu mais de 400.
A peregrinação está entre os cinco pilares do islamismo e todos os muçulmanos deverão realizá-la pelo menos uma vez na vida.
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