A cada dois meses, gestores municipais
alimentam um sistema de informações do Ministério da Educação (MEC) que
possibilita acompanhar e avaliar, entre outros dados, a frequência de
alunos no ensino público no Brasil. Segundo essas informações, a
população mais carente tem estudado mais nos últimos anos. Um dos
motivos para a permanência na escola é o Bolsa Família. Frequentar as
aulas regularmente é um dos compromissos que os beneficiados devem
cumprir para continuar participando do programa.
Um levantamento dos meses de junho e
julho de 2015 acompanhou a frequência escolar de mais de 14,7 milhões de
estudantes que recebem a complementação de renda. Desses, 95,7%
alcançaram o mínimo de presença exigida em sala de aula: 85% para alunos
dos seis aos 15 anos e 75% para adolescentes com idades entre 16 e 17
anos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que o
tempo de permanência na escola entre os mais pobres com até 21 anos
aumentou em 36% entre 2003 e 2013. Também cresceu o número de alunos com
15 anos de idade estudando na rede pública na série adequada. A
quantidade dos alunos mais pobres no nível escolar correto foi de 24,4%
para 63% entre 2001 e 2011.
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