Ao analisar a decisão do Superior
Tribunal Federal (STF) que proibiu as doações de empresas para partidos e
campanhas eleitorais, o senador José Agripino Maia, presidente nacional
e estadual do DEM, disse que a nova regra favorecerá aos nomes que já
estão postos na política, dificultando o surgimento de novas lideranças,
devido à indisponibilidade de tempo e recursos para se chegar ao
eleitorado.
Agripino, no entanto, destacou que o
assunto ainda não está definido. Ele lembrou que existe uma Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) em discussão no Congresso Nacional que
justamente vai de encontro à decisão do STF. Por isso, frisou o
parlamentar, o momento ainda é de indefinição.
“Se prevalecerem essas regras, terão que
fazer campanhas mais curtas, com menos gastos e as redes sociais terão
papel muito importante. O corpo a corpo e a palavra dos candidatos serão
importantes. Os candidatos mais antigos levam vantagem. Os nomes novos
terão dificuldade para se firmar. Isso torna desigual a disputa. Acho
negativo”, avaliou o democrata.
Segundo ele, será preciso que os
partidos se adaptem ao novo momento. “Serão campanhas menores, com
restrições. O que acontece com uma casa quando o dinheiro do orçamento
diminui? A família se ajusta aos novos tempos. A mesma coisa vai
acontecer. Se permanecer este modelo, os partidos e os candidatos terão
que fazer campanha com menos recursos”, enfatizou.
Pensando em 2016, o presidente do DEM
reiterou que o momento é de adaptação. “Não é que exista estratégia. A
campanha será feita com as regras disponíveis, o tempo disponível e o
dinheiro disponível. É um processo de ajuste automático. Não há plano B
nem há milagre. Você faz aquilo que é possível fazer”, finalizou
Nenhum comentário:
Postar um comentário