O papa Francisco aterrissou na manhã deste domingo na capital da
República Centro Africana, Bangui, para sua última parada na visita à
África. Ele encontra um país dividido pelos conflitos entre cristãos e
muçulmanos e deve visitar ainda hoje um campo de refugiados onde uma
comunidade cristã procura se proteger da onda de violência. Na
segunda-feira, o pontífice vai a uma mesquita que também se tornou
abrigo para muçulmanos que foram expulsos de suas casas.
Havia receios de que o papa pudesse cancelar a visita à República
Centro Africana, após os últimos episódios de violência na capital, que
já deixaram mais de 100 mortos desde o fim de setembro. Somente cerca de
15 mil muçulmanos continuam morando em Bangui, em meio a ataques que
forçaram mais de 100 mil a deixar a cidade. Nos últimos dois anos, o
número de refugiados no país chega a quase 1 milhão.
Muitos esperam que a mensagem de paz e reconciliação trazida por
Francisco possa ajudar a estabelecer uma trégua neste país de 4 8
milhões de habitantes. A presidente Catherine Samba-Panza disse neste
sábado que o papa está sendo aguardado como um “mensageiro da paz”.
“Muitos centro-africanos esperam que as mensagens que ele trará inspirem
uma mobilização nacional e ajudem nossos cidadãos a aceitarem uns aos
outros, aprendendo a viver juntos e avançando na reconstrução do nosso
país”, afirmou.
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