Um adolescente de 14 anos se entregou à
Polícia Civil do Rio de Janeiro na tarde de quinta-feira, 18, dizendo
ter matado o professor peruano Carlos Patricio Samanez, de 62 anos, na
Quinta da Boa Vista (zona norte do Rio), na última segunda-feira, 15. O
adolescente mora na Mangueira, bairro vizinho à Quinta, e contou aos
pais ter cometido o crime. Os pais então levaram o rapaz à Delegacia de
Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que informou a Delegacia de
Homicídios da capital (DH), responsável por investigar o caso.
O adolescente foi então levado à DH e,
segundo o delegado Fábio Cardoso, admitiu ter sido o autor das duas
facadas nas costas da vítima. Ele não soube dizer, no entanto, onde
estão os objetos pessoais que o professor carregava no momento do
assassinato e que desapareceram. A DH pediu à Justiça a busca e
apreensão cautelar do adolescente, que foi concedida. O adolescente está
apreendido e nesta sexta-feira seria encaminhado à 2ª Vara de Infância e
Juventude.
A Polícia Civil ainda investiga se o
adolescente está falando a verdade ou tenta, por alguma razão, ocultar a
autoria do crime, e se alguma outra pessoa participou do assassinato.
As circunstâncias do crime ainda não foram esclarecidas.
Samanez morava no Rio desde o início dos
anos 1980 e atualmente era professor do Departamento de Engenharia
Industrial da PUC-Rio e da Faculdade de Economia da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Casado e pai de um casal de filhos,
morava na Tijuca (zona norte) e saiu na tarde da última segunda-feira
para passear com sua cadela. Só o filho estava em casa – a mulher e a
filha do professor haviam viajado para o Peru, em férias. Como Samanez
não voltou para casa nem deu notícias desde as 17 horas de segunda, na
manhã de terça o filho passou a procurá-lo em hospitais. Descobriu então
que o corpo havia sido localizado pela Polícia Militar em um lago na
Quinta da Boa Vista e, sem documentos, foi levado como indigente ao
Instituto Médico Legal (IML). A cadela foi encontrada perdida na Quinta,
na terça-feira, 16.
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