quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Virose da Mosca: RN apresenta mais de 3 mil casos de diarreia aguda.

Em qualquer unidade de saúde de Natal é possível ver um bom número de pessoas acometidas por doenças diarreicas. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) apontam que da primeira semana de janeiro até o último sábado (13), 3.253 pessoas tiveram diarreia aguda no Estado. O número é 20% maior que o mesmo período de 2015, que teve 2.600 casos registrados.

De acordo com a Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Suvige), ainda não se sabe o que está causando diarreia na população, há possibilidade de o Estado estar vivenciando um surto de gastroenterite viral, também conhecida como virose da mosca.

Os sintomas da doença são diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, febre baixa e dores pelo corpo. A transmissão acontece após uma pessoa ingerir alimentos ou líquidos infectados com resíduos deixados por moscas. Os agentes transmissores podem ser vírus ou bactérias.

Além do Rio Grande do Norte, há suspeitas de que o Estado do Ceará também tenha o surto da doença. Apesar de não ter nado comprovado, a Sesap vem mantendo contato com o governo do Ceará e o Ministério da Saúde para buscar informações e possíveis soluções quanto ao problema.

De acordo com a técnica de doenças de transmissão hídrica e alimentar da Suvige, Zaira Santiago, além da virose da mosca, a Sesap trabalha com outras duas hipóteses para os casos de diarreia. A primeira é relacionada à água que, em muitas regiões, devido ao período de seca, não apresenta a qualidade necessária para o consumo humano. Já a segunda hipótese, é relacionada ao clima. Por ser um período tradicionalmente mais quente que o normal, as bactérias se proliferam mais facilmente e consequentemente as pessoas ficam mais vulneráveis às doenças diarreicas.

“Infelizmente existe um grande número de subnotificações. É preciso que os municípios nos encaminhem amostras clínicas para fazermos os exames necessários para identificar o causa das diarreias”, conta Zaira Santigo.

Enquanto municípios como Pau dos Ferros e Parazinho já encaminharam amostras clínicas e da água para análise, Natal não encaminha os dados completos referentes aos casos na cidade desde o final de janeiro.

“Até o dia 31 de janeiro, Natal teve 1.655 casos de doenças diarreicas. Existem 68 unidades sentinelas na cidade e nem a metade notificou a Sesap. E a situação não acontece apenas em Natal. A subnotificação é um problema de todo o Rio Grande do Norte”, lamentou.

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