quarta-feira, março 23, 2016

'A economia a gente resolve amanhã; evitar o golpe, é hoje', diz Lula em SP.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (23) que não vai aceitar golpe político na presidente Dilma Rousseff (PT). O petista participou de um evento promovido pelas centrais sindicais na Casa de Portugal, no Centro de São Paulo. "A economia a gente resolve amanhã ou depois de amanhã. Mas evitar o golpe é hoje."

Lula pediu a deputados e senadores do Congresso Nacional seis meses de "paciência". "Deem para a gente seis meses de paciência que vamos provar que esse país vai voltar a ser o país da alegria. A discutir uma política econômica que traga esperança.", afirmou Lula. "Vou ajudar a Dilma a governar com a decência que o povo brasileiro merece."

O ex-presidente também brincou com sua posse no Ministério da Casa Civil. "Não sei quando eu vou tomar posse, porque eu ia tomar whisky com a Marisa depois da Paulista, em casa, mas quando eu cheguei em casa, eu já não era mais ministro. O ministro Gilmar [Mendes, do Supremo Tribunal Federal] cassou o meu ministério e viajou para Portugal?", afirmou. "Mas eu queria dizer uma coisa pra vocês: eu não preciso ser ministro para ajudar este país."

Lula voltou a criticar os grupos de oposição ao governo. “Eles têm de aprender que ganhamos a eleição com o voto democrático do povo brasileiro. Se eles querem ir à presidência, eles têm de esperar até 2018. Eles que esperem, se preparem, não tentem dar golpe na Dilma. Porque nós não vamos aceitar golpe neste país", disse. Lula negou haver motivo para a saída de Dilma. “Não existe razão legal para o impeachment da Dilma”, afirmou. "O que estão querendo fazer agora com a Dilma é golpe. Não tem outra palavra: é golpe. Este país não pode aceitar o golpe à Dilma."

Ele criticou a divisão entre os pró-governo e os contra-governo. "Democracia é assim. Quando a gente ganha, a gente faz festa. Quando a gente perde, a gente espera o próximo ano para fazer festa. O problema deste momento neste país é o ódio. Nós estamos destilando o ódio. As pessoas pensam que quem usa camisa verde e amarela é mais brasileiro", afirmou.

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