Um menino de 7 anos se recupera depois de ser atacado no rosto pelo cachorro e levar 270 pontos no rosto. Davi Pereira de Oliveira dos Santos, morador da Carobinha, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, foi mordido por Pretinho, labrador de estimação da casa onde mora com os pais e os cinco irmãos. O menino ficou com a bochecha rasgada, teve a artéria carótida perfurada e parte de uma orelha ficou pendurada. Ele foi atendido pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Kennedy.
— Me desesperei quando vi meu filho ensanguentado. Cheguei a pensar no pior. Nossa sorte foi ter encontrado um anjo da guarda — emociona-se a dona de casa Ana Maria Pereira de Oliveira dos Santos, de 36 anos, mãe do estudante.
O anjo foi o dentista Ricardo Demétrio, de 37 anos, especialista em cirurgia buco-maxilo-facial, que fez a operação com a sua equipe. Durante quase cinco horas, Ricardo trabalhou em uma sutura de 270 pontos. Acostumado a atender vítimas de perfuração de arma de fogo no rosto, o dentista considera o caso do menino “emblemático”:
— Tenho seis anos de experiência mas nunca tinha visto nada parecido. Na situação que Davi se encontrava, se esperássemos uma ambulância para levá-lo ao hospital, ele poderia falecer. Então falei: “Vamos enfrentar” e deu tudo certo — afirmou o cirurgião, que trabalha na unidade da Secretaria municipal de Saúde, administrada pela organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas).
O ataque aconteceu em julho de 2015. Depois da cirurgia, o menino ficou 18 dias internado e continuou sendo acompanhado pelo dentista. Os pontos foram retirados aos poucos por Ricardo, que ainda observa a evolução das cicatrizes de Davi duas vezes por semana. Pretinho foi doado para um vizinho, que agora toma conta do cachorro.
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